Ode Ébria
Eis que chega ele!
Paradoxalmente fiel e traiçoeiro.
Um amigo inseparável
Em dose bem servida de generosidade.
Me serve refrescante,
Me alivia o peso do tempo.
Me serve com o afago provocante,
Me domina quando abuso da companhia.
Me leva a sanidade filosófica
Que só os que o conhecem podem provar.
Me conduz ao arco-íris de sons
Que se levanta da tinta no papel.
Um amigo que nem sempre convido,
Mas que quase nunca dispenso.
Afinal, quando os outros me faltam,
É ele quem alivia meu lamento.