BADERNA DA ALMA
BADERNA DA ALMA
Quando eu vejo você perco minha calma
Sinto-me uma criança da mais pura alma
Quero ser juvenil com a espada em riste
Mas sou meia-idade e isso me deixa triste
Lembro da caçada a violeta borboleta
Era apenas uma criança muito espoleta
Na adolescência vieram as mariposas
Todas querendo do senhor ser esposas
Querer ter você na luta do cravo com a rosa
Cada pétala deixa-a muito mais charmosa
Quero apenas tocar no pistilo colorido
Evitado o espinho que me deixa dolorido
Venha até a mim bela donzela borboleta
Deixe os seus amantes em outro planeta
Chame-me no ouvido de ancião guerreiro
Nos seus braços voluptuosos sou aventureiro
Mesmo de bengala na caminhada sem fim
Ao seu lado jovem menina eu irei ao confim
As borboletas todas serão apenas insetos
E seus amantes no armário serão objetos.
André Zanarella 30-05-2011