teu olhar...
teu olhar distante nos guetos
no refulgir das horas nevoentas...
que passam, ponteiam, cruéis incestos...
acordes lúgubres que sufocam sedentas.
teu rugir estridente como louca nas esquinas e ruas...
temores, humilhações que semeias, inconsequente
ao desnudar o corpo em trejeito nojoso e indolente
perdido em sofreres, desamores, paúes e clausuras!...
no revés do tempo que exala e corta fervente...
o sonho de menina nas calçadas do desejo...
no revirar do pouso escarlate na noite que termina!
na menina dos olhos que respinga ausente...
no entrecortar de choros sufocados que prevejo
a candura indelével, exaurida, da Flor que se predestina!
teu olhar distante nos guetos
no refulgir das horas nevoentas...
que passam, ponteiam, cruéis incestos...
acordes lúgubres que sufocam sedentas.
teu rugir estridente como louca nas esquinas e ruas...
temores, humilhações que semeias, inconsequente
ao desnudar o corpo em trejeito nojoso e indolente
perdido em sofreres, desamores, paúes e clausuras!...
no revés do tempo que exala e corta fervente...
o sonho de menina nas calçadas do desejo...
no revirar do pouso escarlate na noite que termina!
na menina dos olhos que respinga ausente...
no entrecortar de choros sufocados que prevejo
a candura indelével, exaurida, da Flor que se predestina!