Neblina na Estrada

Sob a neblina fina vou

De cem a duzentos por hora em alguns segundos

O vento congela meu coração, que sempre foi muito mole

E tudo que eu escutava doía

O ronco do motor me deixa surdo...

Ah, a estrada deve ser o céu de que falam

Aqui não há maldade

Há apenas as lágrimas que o vento leva

E por isso em algum lugar chove - saudade

Tenho medo (e quem nunca teve?)

De que tudo seja um sonho

Ligo o rádio no último volume

Não quero ouvir

Quero partir

Quero sumir na neblina...

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 16/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T3098436