(((((::::ARMA EM PUNHO::::))))
Tinha na estante a estrada,
Fazendo-me sofrer a dor de existir.
Não há fuga, não há fim, não há escape
A dor da dúvida de querer viver.
Num cenário em que nada se move.
O céu e a neve é cinzenta.
O mundo caduca e morre perante os olhos
Dentro de mim - As cidades estão desabitadas e destruídas.
Há um sofrimento em cada palavra
e há diálogos de levar às lágrimas.
De arma em punho com a crueldade que é tão covarde
uma voz surge do nada e diz:
__Não chores. Estás a ouvir-me? Sabes como é que se faz?
Enfias o cano na boca e apontas para cima. Tens de ser rápida, não podes hesitar. Compreendes? Pára de chorar.
E neste instante a ver apenas terror... a solidão devastando, a dor dilacerando...segundos próximos da escuridão.
Dor profunda...Dor que comove...Sem explicação...
Daqueles que se sente pelo olhar
Mas será que um dia isto irá mudar?
E depois de muito chorar, da alma soluçar...
O vento tirou-me a arma da mão.
Não compreendes nada, disse.
__Chiu. Eu estou aqui, não vou te deixar sozinha.
__Promete?
___Sim, prometo. Não sou capaz de te abandonar.
Chiu. Não te levantes.
Estou aqui pra te acalentar, a tua dor eu vim curar.
Neste instante - toda dor que insistia brotar dos poros em sangue, silenciou-se, o céu se abriu em estio...a tempestade passou sobre vigência de um sol radiante em nuvens de um cetim algodoado...
...fechei os olhos cansados
... respirei profundamente...nos braços de Deus, finalmente adormeci.