À prostituta Rema

I

Resta do desejo o espírito da lembrança

Que adorna tua alma com teu corpo

Nesse fogo sem perigo da leveza

Produz felicidade sem melancolia

Eternidade sem falsa magia

Riqueza floral esculturada

II

Ao abrigo de teu corpo

Correm arroios e clarões despidos

De certa imagem de fruta nascida do perfume

Das ondulações que o vento imita

Reverte fogo umedecido em brisa

III

Tens a surpresa da tangerina descascada

Ao som da meiga melodia sobre o limo

Onde os mais lindos sorrisos elogiam

O solar orvalhado das manhãs cristalinas

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Prostituta Rema, personagem de ficção do romance inacabado.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 15/07/2011
Reeditado em 20/08/2011
Código do texto: T3096810
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