ÂNIMA
Dilato-me em ventriculos
Porque o que pulsa nas minhas veias
Corre, escorre
E não me socorre
O coração ventriloquo
Que reedita os dias
Do que nos permeia
Mas não nos sacia.
Nos meus ocasos diários
Intensos
Tesos
E tensos
Rumino verdades e desejos
Regurgito iras que nasceram beijos
Na irrascível ânsia
Por qualquer impulso
Pra atestar a vida
Pra sentir o pulso.