DIREI, SIM.

Direi, sim, ao vento sossegado,
Às pedras nos caminhos
Com os pés sangrentos de espinhos
Ao céu de estrelas bordado
Direi, sim, ao infinito céu
À via láctea em carrossel
À imensidão do mar
Ao dia dourado de sol
À terra beijando o arrebol
À noite prateada de luar
Direi, sim, à gaivota que voa
Do Alentejo a Lisboa
Aonde quer que tu andes
Direi ao condor sobre os Andes
Que se o oceano secar
E na vastidão do abismo
Levar deste poeta o lirismo
Direi, sim! 
Meus versos morreram no mar
De lágrimas no meu último olhar.



LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 13/07/2011
Reeditado em 15/07/2011
Código do texto: T3093595
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