Encontro de Rios
Ermo, caldo que corre
Devagar ou rápido,
Depende do empurro
Entornado de cantos contínuos
Que se estica em seu cuidado
Veludo, verde em sombra
Numa musica de ninar
Embalando até chegar
Que vai, sem saber o destino
Mas na fé que existe
Esse lugar...
Encaixe em dois
Fluxo de sono. De cartas.
É velado pelo sol.
De noite, outras estrelas
Vagando até o mar
Dia e noite sem reclamar
Caminho grande
Eterno até o encontro grande
Onde vários se mostram
Meio sem jeito. Talvez envergonhado
Do tanto que andou, pra encontrar a si mesmo
Grande, forte, encrostado no meio do mundo
Desarma e passa a cantar
O silencio profundo do fundo do mar
Ao valor do sol
Ao tempo que deixa
Um brinde, uma lua, outra vida: mais generosa
E ao descanso merecido
É o fim da luta
O descanso das águas
Pouco difere
Deixa de correr e passa a se levar...
Sem necessidade dos lados
Porque todos aqui foram rios....