Madrugada fria...
Teço meu véu de palavras aladas
Na madrugada fria da minha jornada.
Ponho-me desnuda ao relento,
Ele entende minhas fantasias, minha dor, meu lamento.
A lua, amiga e sábia...
Ouve-me mais do que fala.
As estrelas cochicham...
Falando dos meus rabiscos.
O vento preocupado apaga meu cigarro...
Sussurra baixo ao meu ouvido:
Chega de versos, poeta... Caia no sono, a cama macia te espera.