-e as estrelas ainda moram no meu olhar -

amanhecem as noites em mim
deito-me sob estrelas atordoadas
como se a esperança fosse
apenas uma noite tardia e revoltada
em meus cílios molhados
amanhecidos são todos os rumores
as lembranças doridas
as falas dos desamores...

-e as estrelas cochicham enluaradas-

sim, sou eu, sob a poesia deitada
exausta, frágil e viva
num respirar infindo, atrelado aos versos
como seiva e mosto, pão e trigo
e as noites choram comigo
poemas em lágrimas
auroras em horizontes
em palavras sem sentido

-e as estrelas ainda moram no meu olhar -

Karinna*


Karinna
Enviado por Karinna em 12/07/2011
Código do texto: T3090244