UMA HISTÓRIA DE MUITOS "JOÃO"

Quantos “JOÃO” há em você?
Como é o seu albergue?

E, de novo...
Quantos “JOÃO” há em você?
Um... Dois... Três mil jeitos de ser?

Fico a pensar...


Teria um “JOÃO” amigo, companheiro, acolhedor e digno de louvor?

Teria um “JOÃO” carente, de alma vazia em busca de alquimias?

Teria um “JOÃO” inconseqüente, conquistador... E que depois da conquista sente que enfarou?

Teria um “JOÃO” sem direção deixando-se levar pela mão e contramão?

Teria um “JOÃO” que deixa pra depois assuntos como fé, amor e religião?

Teria um “JOÃO” irmão, filho, protetor, que tem na família gratidão e grande amor?

Teria um “JOÃO” insatisfeito com sua profissão por que sente que ali não está sua vocação?

Teria um “JOÃO” inteligente, sensível, humano, que chora e ri na mesma proporção?

Teria um “JOÃO” temeroso, inseguro diante das coisas do coração?

Teria um “JOÃO” possessivo, desconfiado, só por temer perdas e solidão?

Teria um “JOÃO” curtidor, que usa gírias e conhece pessoas de pouco, muito ou nenhum valor?

Teria um “JOÃO” fingidor? Que esconde verdades para evitar dissabor?

Teria um “JOÃO” amadurecido num corpo de pouca idade?Ou um "JOÃO" endurecido pelo peso dos anos vividos?

Teria um “JOÃO” arrependido de erros do passado e certo de não cometê-los mais?

Teria um “JOÃO” acomodado, como barco ancorado no cais a olhar para a imensidão dos mares e mesmo desejando singrá-los permanece preso nas “seguranças” do agora?

Teria um “JOÃO” que diz não conseguir amar, porque talvez pense que amar é sinônimo de “amarrar”?

Teria um “JOÃO” que se sente tocado por um Deus que cura, mas pode esperar?

Teria um “JOÃO” que ama a vida e quer de tudo experimentar, pois a liberdade tem gosto bom e é difícil largar?

Teria um “JOÃO” que faz planos, projetos, com a mesma consistência das areias do deserto?

Teria um “JOÃO” de grande coração, que cultiva valores que edificam?

Teria um “JOÃO” que traz na face um sorriso de encantar?

Teria um “JOÃO” sério, de sorriso escondido, seletivo por saber o que quer e por isso escolhe o que considera o melhor?

Quantos outros mais podem existir?
Qual deles é o mais constante?
Com qual deles você se “sente em casa”?

 
Dentro de cada ser humano mora muita gente.
Tenhamos a sabedoria em ir juntando, compelindo, o melhor de cada um. Nessa colheita construiremos nosso EU que, solidificado, pelo andar frenético dos anos, compõe nossa personalidade
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Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 11/07/2011
Reeditado em 30/11/2012
Código do texto: T3089290
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