ENÍGMAS DO POETA
Quem dera compreender,
O pensamento do Poeta,
Nos versos do entardecer,
Na sua vivência discreta.
Às vezes, tão despojado,
N’outras, num mundo só seu,
Às vezes, sonha acordado,
Acorda, n’outras... ateu.
Finge a dor, que não sente,
Sente uma dor, que não vê,
Letras borbulham na mente,
Mas, ele nem sempre, as lê.
Decifra de olhos fechados,
Os enigmas de cada verso,
Símbolos entrelaçados,
Nas tramas do seu universo.