Recriando. . .
 
 
 
A dor de que o poeta entende
É tão puro fingimento.
Finge despudoradamente
Que exprime sofrimento.
 
O sofrimento do poeta
Vê-se pelo pensamento.
Quando a dor o penetra
Desdobra-se em fingimento.
 
Quase sempre o fingimento
Faz do poeta um eloqüente.
Mas a dor de cada momento
Faz dele um indiferente.
 
O fingimento do poeta
É algo constrangedor.
Finge como um pateta
Mas sofre do mal de amor.
 
 
 
 
Recriado a partir dos versos de Fernando Pessoa.
 
O poeta é um fingidor.
 
 
O poeta é um fingidor
E finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deverás sente.
Wilcaro Pastor
Enviado por Wilcaro Pastor em 11/07/2011
Código do texto: T3088982
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