Estátua
Seu corpo ebúrneo
chama-me
desperta em mim,
o que a tempo adormecia.
Meu olhar lívido
busca desvendar seus mistérios
envolta em véus de cobre
vens, deixa-me,
leva minha alma contigo.
Te descubro em meus sonhos,
quando converso com meus fantasmas.
Queria poder dar-te um espírito
para quebrar a imobilidade de teus gestos.
Ardes,
quem me dera ser salamandra
jogar-me-ia contigo
na fogueira da consumação
do enlace dos enamorados.