Escrivaninha
Como pode esta entrega
Absurda de alma
Quando o receptor
É um desalmado?
Amor é antítese
Corrói a ética
Derrete o amor-próprio
É a síntese da negação.
Sofro porque amo
Sofro se não amo
Sofro quando amo
E amo como sofro.
Enquanto um cisma
Com o ser-ou-não-ser
Com um crânio na mão
Eu o faço com esta tua fotografia
Em preto e branco
Na escrivaninha.
23/06/2011 - 18h27m