Escrivaninha

Como pode esta entrega

Absurda de alma

Quando o receptor

É um desalmado?

Amor é antítese

Corrói a ética

Derrete o amor-próprio

É a síntese da negação.

Sofro porque amo

Sofro se não amo

Sofro quando amo

E amo como sofro.

Enquanto um cisma

Com o ser-ou-não-ser

Com um crânio na mão

Eu o faço com esta tua fotografia

Em preto e branco

Na escrivaninha.

23/06/2011 - 18h27m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 10/07/2011
Código do texto: T3086756
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