DIVAGAÇÕES...

DIVAGAÇÕES...

Pra quê existo afinal?

Pra que nasci?...Eu não sei.

Parece que não há lei

Que decida sobre tal.

Pois, eu não quero pensar

Como é que eu vou acabar.

Quando estou só e medito,

Minha tristeza é tamanha,

E a solidão me acompanha.

Sinto o coração aflito

Depois de toda a façanha,

Co' a vida fazer barganha.

Ao nascer, não se imagina

O que vai acontecer

Quando a vida florescer.

Até daria propina

Se pudesse conhecer

O meu destino, ao nascer.

Se vem menino ou menina,

Ninguém pode escolher

O que se deseja ser.

A vida prepara a sina,

Quando a criança crescer,

Vai seu destino colher.

Parece até fatalismo!

Talvez o seja, de fato,

Por acreditar no fado.

Ninguém cairia no abismo,

Se soubesse do perigo

Que correria consigo.

Adoro “fi-lo-so-far”...

Levo horas a pensar

Num problema a resolver.

Vou, enquanto meditar,

Deixando as horas passar,

O problema dissolver...

Ninguém vem ao mundo em vão,

Cada um tem sua missão,

Queira ou não acreditar.

Carreguemos nossa cruz,

Pois cada um só conduz,

A cruz que deve levar.

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 09/07/2011
Código do texto: T3084139
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