DIVAGAÇÕES...
DIVAGAÇÕES...
Pra quê existo afinal?
Pra que nasci?...Eu não sei.
Parece que não há lei
Que decida sobre tal.
Pois, eu não quero pensar
Como é que eu vou acabar.
Quando estou só e medito,
Minha tristeza é tamanha,
E a solidão me acompanha.
Sinto o coração aflito
Depois de toda a façanha,
Co' a vida fazer barganha.
Ao nascer, não se imagina
O que vai acontecer
Quando a vida florescer.
Até daria propina
Se pudesse conhecer
O meu destino, ao nascer.
Se vem menino ou menina,
Ninguém pode escolher
O que se deseja ser.
A vida prepara a sina,
Quando a criança crescer,
Vai seu destino colher.
Parece até fatalismo!
Talvez o seja, de fato,
Por acreditar no fado.
Ninguém cairia no abismo,
Se soubesse do perigo
Que correria consigo.
Adoro “fi-lo-so-far”...
Levo horas a pensar
Num problema a resolver.
Vou, enquanto meditar,
Deixando as horas passar,
O problema dissolver...
Ninguém vem ao mundo em vão,
Cada um tem sua missão,
Queira ou não acreditar.
Carreguemos nossa cruz,
Pois cada um só conduz,
A cruz que deve levar.