Sucumbir da insanidade

Nas profundezas da mente insana

O refletir do abismo infinito

Machuca a mente, derruba, profana

Possui do mundo o pré-requisito

Um solitário e bravo bandido

Caminha e busca a cruel perdição

E não demonstra-se arrependido

Nem muito menos pisa no chão

Pois flutuando encontra-se ele

Como da morte seu sinistro vulto

De enrugada e áspera pele

Transparecendo num fétido insulto

Libera um negro perfume no ar

Ao bocejar crueldade tremenda

A mente humana induz o pensar

E o sentido e o vício emenda

Ao não querer encontrar o malvado

Procuro luz, vou buscar meu perdão

Pois nesse grande buraco cavado

Não deixarei meu fiel coração

Aquela mente insana que disse

Que tinha um velho maldito ao meu lado

Ficou pra trás, pois antes que visse

Teve o caminho de fogo cercado.

Axeramus 28/09/2010