Café da Tarde

Eu sou a rapa do bolo.

Eu sou o farelo do pão.

Que surgiu das mãos dos tolos

Pra alimentar os porcos da nação.

Quem se importa com o que digo

Quando roubam o meu chão?

Se não me queres como amigo,

Não me chame de irmão.

Não reclame se o mundo te isola,

Pois nem tudo é solidão.

Tristeza é a dor que assola

Quando fere o coração

Eu sou a rapa do bolo

Que todos esquecerão.

Se não queres que haja essa sobra,

Não faça um bolo então.

R J Pausen
Enviado por R J Pausen em 08/07/2011
Código do texto: T3083289
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