Outras e outras mais

Vens aos bêbados e vagabundos

No calar de uma porta

No ringir dos dentes

Os carentes e a natureza morta.

Vem o frio e outros gritos

Em gemidos glaciais

E nas chaves que eles mostram

Outras portas e outras mais

Dantesca morte pura

Nas juras de um salvador

Uns gritam, outros não ouvem.

E todos sentem a dor

De Adão, Nero e Lutero.

A Daniel, Gand e Barabás

Outros que não foram presos

Tornaram-se imortais

Vem ao mundo vagabundo

Outros imundos colossais

E em gemidos e gritos

Portas mortas e nada mais.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 08/07/2011
Reeditado em 12/07/2011
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