Outras e outras mais
Vens aos bêbados e vagabundos
No calar de uma porta
No ringir dos dentes
Os carentes e a natureza morta.
Vem o frio e outros gritos
Em gemidos glaciais
E nas chaves que eles mostram
Outras portas e outras mais
Dantesca morte pura
Nas juras de um salvador
Uns gritam, outros não ouvem.
E todos sentem a dor
De Adão, Nero e Lutero.
A Daniel, Gand e Barabás
Outros que não foram presos
Tornaram-se imortais
Vem ao mundo vagabundo
Outros imundos colossais
E em gemidos e gritos
Portas mortas e nada mais.