Covardia

A covardia congela

E o frio corta em pedaços

A covardia faz engolir o líquido mais amargo

E a garganta tranca e engasga

É uma corda que esmaga

Frágeis presas em incontáveis laços

Covardia, ato de coragem

É preciso coragem para sofrer

Assim como é preciso ser escuridão

Para saber quão preciosa é a Luz

Esperar a força vagarosa que conduz

À fobia imensa de um caminho percorrer

A covardia é lenta, veneno silecioso

E seu silêcnio paralisa e acalma

No dia é suave, na noite é vagaroso

O mesmo veneno que desfalece a alma.

E o que se espera quando não se quer esperar?

Que se encontre esperança na última gota do líquido amargo e perigoso?