Triste Liberdade...
Boa noite, Liberdade!
Tens a chave da casa...
Entra! Tu a conheces tão bem!
E sabes da saudade que me arrasa...
Cada canto, cada espaço, cada pedaço
Tem tua marca... E a dele também!
És personagem de nossa história,
Apesar de chegares no fim...
Senta-te comigo à mesa,
Falaremos do amor que ainda ficou,
Saborearemos o prato da dor que restou
Regado à bebida de tua tristeza...
Tudo a rigor, sem esquecer a cereja,
Tu hoje esta tão amarga
Quanto à amargura que me marcou.
Dá-me tua mão! Dancemos aquela canção...
A mesma que nunca parou!
Se o sorriso surgir em meus lábios
E a alegria resplandecer o meu rosto,
Não te vás! Ainda há o mesmo desgosto...
São instantes de lembranças adormecidas
Que teimam em acordar!
Fica por favor!
Sem ti não posso viver
Essa triste liberdade
Que o destino me reservou,