Chuva
Choveu a noite inteira
Pela janela, olhei o mundo lá fora
E me perguntei o que eu estava fazendo
Sem compreender, continuei a olhar...
Olhando sem enxergar
Enxergando sem perceber
Percebendo sem notar
Notando sem sentir
Sentindo sem querer
Querendo sem questionar
Questionando sem saber
Sabendo sem fingir
Fingindo sem pensar
Pensando sem esquecer
Que a chuva não vai parar
E, de repente, acordei...
A casa estava encharcada
Quase tudo se perdeu
Mas após organizar tantas coisas inúteis
Vi que tudo permanecia bagunçado
E arrumei sem parar
Sem parar
Sem parar
Sem parar
Assim como a chuva
Que, eternamente, continuou a me molhar