SECRETUM SECRETORUM
Por baixo destas linhas
há coisas não ditas,
só minhas.
Por baixo dos escritos
transversos,
calados ficam os gritos.
Por baixo destes versos
estão todos os medos.
Submersos.
Por baixo do que imaginas,
refaço sonhos alados
a partir de ruínas.
Por baixo do que lês
guardo muitos bruxedos.
E tu não vês.
Por baixo do que digo
os meus segredos
vão morrer comigo.
Por baixo deste poema
não há algema.
A vida é extrema.
Lina Meirelles
Rio, 07.07.11