Massayó
MASSAYÓ
O vento que sopra em Ponta Verde, sopra na
Fábrica da Pedra...
Longínquos quintais, alhures...
Solitários.
Ele riu na minha face, apertou-me a mão
E o asco veio em minha boca.
E são tantos Olhos Casados, Olhos das Flores,
Secos, rotos....mas em sua roupa de seda
Não criam suores.
Seu hálito fétido se resplandeceu por um país,
Verteu a sujeira do caráter que lhe falta.
Alagoas, terra que queria minha, tapiocas de Boca da Mata
Alagoas, visível célula desértica.
Se em teus braços vivi como nunca,
Sois tu alma gêmea, de gêmeas misérias.
Resgata-me, peço-lhe, mesmo manco...
Saberei-te apoio
Assim, covardemente ouvindo Piazzola,
O Sabor do teu mar, corre em minhas veias.
Os abutres enojam, mas seus dias chegam...
Então seremos nobres.