NASCENTE
ONDE BRILHA O SOL, EU SOU O ARREBOL;
COM OS SONHOS RENASCEM, A ESPERANÇA PERDIDA,
NESSA FÉ DIVIDIDA, SE RENOVA A LUTA,
ONDE O POVO ESCUTA, É UM GRITO DE ALERTA
QUANDO A PORTA É ABERTA, QUAL BOTÃO DE UMA FLOR
É A ÁGUA QUE BROTA, DE UMA FONTE DE AMOR.
NO SERTÃO EU NASCÍ, CAATINGANDO O PRESENTE;
NESTE SOLO ARDENTE, SENTIMENTO QUE AFLORA
ENTRE A FAUNA E A FLORA, NATUREZA CASTIGADA.
SOU A SORTE ESPERADA, NESTE MESMO ABANDONO,
SOFRE O MEDO E O ENGANO, A CRIANÇA ISOLADA.
O LAMENTO SÓ ECOA, NA GARGANTA DE HUMANOS;
O MENINO QUE CHORA, ESSA DOR DERRADEIRA.
QUASE A FÉ PRIMEIRA, NO LAMENTO DOS OUTROS;
É O PRESSÁGIO ESCONDIDO, DESSE POUCO QUE RESTA,
LUZ SE MOSTRA NA FRESTA, DE UM TÚNEL DISTANTE.
NOS SEGREDOS CONSTANTES, RENASCER DE UM OUTRO DIA!
ALEGRIA, ALEGRIA; A ESPERAR PELA SORTE;
NO NASCENTE OU NO NORTE, CHEGA LOGO OU TARDIA.
HOJE SINTO EM MINH'ALMA, SENTIMENTOS DE OUTRORA;
ESCREVENDO A HISTÓRIA, DESSE FADO PERFEITO,
SERTANEJO NO SANGUE, DE OUTROS FATOS A ESSE FEITO.
Koló Farias.