Chocolate quente
O inverno arde.
Chocolate quente no
Café Boulevard
à tarde.
No ar,
aroma disperso,
espirais etéreos.
Da minha boca,
sopra o céu
um verso.
Vapores vagos
ao léu.
Tu entras.
Almejada alma,
vinda da neblina
alva.
Sobretudo,
para meus pelos eri-ç-ados,
Pelica,
para ro-ç-ar minha pele de camur-ç-a,
Tiras o gorro,
inesperada-mente,
teus olhos nos meus.
Quase morro!
Minha sina
é chocolate quente.
Até quando não sorverei
Meu café
preto
amargo
borra,
E gritarei:
Que frio,
Porra!
Wellington P. Coelho
O inverno arde.
Chocolate quente no
Café Boulevard
à tarde.
No ar,
aroma disperso,
espirais etéreos.
Da minha boca,
sopra o céu
um verso.
Vapores vagos
ao léu.
Tu entras.
Almejada alma,
vinda da neblina
alva.
Sobretudo,
para meus pelos eri-ç-ados,
Pelica,
para ro-ç-ar minha pele de camur-ç-a,
Tiras o gorro,
inesperada-mente,
teus olhos nos meus.
Quase morro!
Minha sina
é chocolate quente.
Até quando não sorverei
Meu café
preto
amargo
borra,
E gritarei:
Que frio,
Porra!
Wellington P. Coelho