Chocolate quente

O inverno arde.
Chocolate quente no

Café Boulevard

à tarde.

No ar,
aroma disperso,
espirais etéreos.
Da minha boca,
sopra o céu
um verso.
Vapores vagos
ao léu.

Tu entras.

Almejada alma,
vinda da neblina
alva.
Sobretudo,
para meus pelos eri-ç-ados,
Pelica,
para ro-ç-ar minha pele de camur-ç-a,
Tiras o gorro,
inesperada-mente,
teus olhos nos meus.
Quase morro!

Minha sina
é chocolate quente.
Até quando não sorverei
Meu café
preto
amargo
borra,
E gritarei:
Que frio,
Porra!

Wellington P. Coelho
Well Coelho
Enviado por Well Coelho em 07/07/2011
Reeditado em 08/07/2011
Código do texto: T3080499
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