***Desinspirada***

Arranho a poesia com as garras

da urgência de um moribundo,

De um recém-nato,

De um faminto, um abandonado.

E a poesia sangra um verso morto,

cambaleia entrelinhas tortas...

Já não me atende,

Nem se zanga.

Arranho a garganta,

Mas estou muda...

Deixei a canção...

Choro a poesia que sangra...

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 06/07/2011
Reeditado em 06/07/2011
Código do texto: T3079614