ESTRELA CADENTE

ESRTRELA CADENTE

Ao pranteado sobrinho Gudesten Benedictis Soares, in memoriam

O mar não estava agitado

manteve-se calmo e azul;

o céu não estava nublado,

a brisa era norte e sul;

as rosas eram mais belas

neste calor de verão,

muita gente nas janelas

com medo da solidão...

Não choveu naquele dia;

de Mar Grande a Salvador

houve mais uma travessia,

a natação em esplendor;

os cães faziam algazarra,

tudo era natural

nas motocas, muita farra

neste eterno carnaval...

Me vejo no Campo Santo

entre amigos e parentes

em cujas faces o pranto

denota dor comovente...

E na câmara funérea

a confirmação etérea

desta existência fugaz;

sono eterno, indiferente,

de uma estrela reluzente

que não veremos jamais...

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 03/07/2005
Reeditado em 12/05/2006
Código do texto: T30781
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