ESTRELA CADENTE
ESRTRELA CADENTE
Ao pranteado sobrinho Gudesten Benedictis Soares, in memoriam
O mar não estava agitado
manteve-se calmo e azul;
o céu não estava nublado,
a brisa era norte e sul;
as rosas eram mais belas
neste calor de verão,
muita gente nas janelas
com medo da solidão...
Não choveu naquele dia;
de Mar Grande a Salvador
houve mais uma travessia,
a natação em esplendor;
os cães faziam algazarra,
tudo era natural
nas motocas, muita farra
neste eterno carnaval...
Me vejo no Campo Santo
entre amigos e parentes
em cujas faces o pranto
denota dor comovente...
E na câmara funérea
a confirmação etérea
desta existência fugaz;
sono eterno, indiferente,
de uma estrela reluzente
que não veremos jamais...