ANCORAGEM
Eu que já vaguei por esse mundo revolto
Que já enfrentei as correntezas dessa vida
Ancoro neste cais, ansiando repouso
E deito em teus braços onde encontro a paz
Eu que falsamente amei outros seres
Que já corri atrás de rostos ofuscos
Que já chorei a perda do que não tive
Abro mão de meu orgulho inútil
Da carta que nunca recebi
Da confissão que sempre esperei
Da promessa de não ouvir adeus.