O Carrasco
O Carrasco
O poeta é um carrasco.
Que usa as palavras
Para quebrar as nossas defesas
E nos fazer sangrar
Sem rosto, sem nome
Usando apenas caneta
Atravessam nossas vísceras
E aos desavisados reabre feridas
Os poetas, esses carrascos!
Trazem à tona as dores do parto
E parte em minúsculas partículas
Corações feitos de aço
Nos condenam a dura sentença
De longas noites em claro
Roubando luas e estrelas
Emergindo e invadindo
Nossos infernos guardados
As mazelas de tantas donzelas abandonadas
E os valentes, fazendo covardes.
Ah! Os poetas são carrascos
Que arrancam nossos corações do peito
E nos crivam com os gritos da sua alma
Como se fossem de Cristo os cravos.
Somente os poetas são capazes
De nos fazer morrer lentamente
Nos envenenando com doces palavras
Consigo carregam, ardilosa fúria
Que engana a cúria, os humildes
Os chulos, os sábios
Impregnando em nós toda violenta força
Do verbo amar...
Da palavra saudade!
Cristhina Rangel.
O Carrasco
O poeta é um carrasco.
Que usa as palavras
Para quebrar as nossas defesas
E nos fazer sangrar
Sem rosto, sem nome
Usando apenas caneta
Atravessam nossas vísceras
E aos desavisados reabre feridas
Os poetas, esses carrascos!
Trazem à tona as dores do parto
E parte em minúsculas partículas
Corações feitos de aço
Nos condenam a dura sentença
De longas noites em claro
Roubando luas e estrelas
Emergindo e invadindo
Nossos infernos guardados
As mazelas de tantas donzelas abandonadas
E os valentes, fazendo covardes.
Ah! Os poetas são carrascos
Que arrancam nossos corações do peito
E nos crivam com os gritos da sua alma
Como se fossem de Cristo os cravos.
Somente os poetas são capazes
De nos fazer morrer lentamente
Nos envenenando com doces palavras
Consigo carregam, ardilosa fúria
Que engana a cúria, os humildes
Os chulos, os sábios
Impregnando em nós toda violenta força
Do verbo amar...
Da palavra saudade!
Cristhina Rangel.