Tua Censura
Na calada da noite,
Meu desengano,
Escondido entre palavras e prantos,
Na madrugada do meu viver.
O vinho é esconderijo,
Meus risos forçados, a razão.
A fumaça que surge entre as cinzas,
A sensação de que tudo será descoberto.
É um paradoxo,
Uma inexplicável forma de viver.
Está tudo exposto, às claras,
Nada para descobrir ou aprender.
Tua inveja em escárnio,
Tua censura ao meu pensar,
É minha força, meu santuário,
É minha musa a inspirar.
Mas se a tua limitada sensação
Daquilo que se tornou poesia
Não pode compreender o que de fato exibe,
Lamento, mas por ti crescerá no coração,
O amargo sabor da antipatia.
De fato, ainda que tudo para ti seja impreciso,
Com o coração apertado,
Profundamente amargurado,
Juro-lhe que sou melhor que isso.