Legitimidades

Doidos são os ventos que me arrasam a alma

Devastam o que resta da minha lucidez

Insana a voz que se arrepende de nascer

Por entre o furacão das vidas sem sentido

Fui debutante em máscara sem rosto

Esvoaçei numa dança ainda que sem par

Meus medos foram minha única companhia

Desci a um inferno desprovido de luar

Há no vácuo um limbo onde afogo as emoções

Lembranças de um espectro fluído de um nada

Na lacuna onde submergem débeis corações

Esquecidos de saudades, alegrias e ideais

Que...surja invicta a matriz da esperança!

Que...se alinhem todos os astros a contento!

Que...sopre doce a brisa da bonança!

Que...a poesia seja auspício da verdade!

Que...seja sempre livre o pensamento!

Fana
Enviado por Fana em 03/07/2011
Código do texto: T3072814
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