Legitimidades
Doidos são os ventos que me arrasam a alma
Devastam o que resta da minha lucidez
Insana a voz que se arrepende de nascer
Por entre o furacão das vidas sem sentido
Fui debutante em máscara sem rosto
Esvoaçei numa dança ainda que sem par
Meus medos foram minha única companhia
Desci a um inferno desprovido de luar
Há no vácuo um limbo onde afogo as emoções
Lembranças de um espectro fluído de um nada
Na lacuna onde submergem débeis corações
Esquecidos de saudades, alegrias e ideais
Que...surja invicta a matriz da esperança!
Que...se alinhem todos os astros a contento!
Que...sopre doce a brisa da bonança!
Que...a poesia seja auspício da verdade!
Que...seja sempre livre o pensamento!