Cerrado Da Lembrança
Valete dos Anjos
Estava em um Cerrado de sonhos:
Pequis, Mangaba, Araticuns...Cajuzinhos rasteiros.
Todos os dias naquela vegetação tinham profunda emoção.
Árvores torcidas, gastas e queimadas pelo tempo,
Assim foi meu contente alento... Em belos momentos.
Ao cair da tarde, Periquitos e araras
Melodiam estridentes na lembrança...
Mais perto dos rios as Capivaras
E Antas ... Marcam o chão no trote da andança.
Agora acabou! Os sons das pisadas acabaram.
Em meio ao Cerrado do Centro,
Sojas e alimentos trazem o sustento...
Mas para mim é um grande tormento...
Sojas e capim é o fim...
Traz o esquecimento assim.
No Cerrado da lembrança
trago esperança...
Das virtudes sem fim...