Cerrado Da Lembrança

Valete dos Anjos

Estava em um Cerrado de sonhos:

Pequis, Mangaba, Araticuns...Cajuzinhos rasteiros.

Todos os dias naquela vegetação tinham profunda emoção.

Árvores torcidas, gastas e queimadas pelo tempo,

Assim foi meu contente alento... Em belos momentos.

Ao cair da tarde, Periquitos e araras

Melodiam estridentes na lembrança...

Mais perto dos rios as Capivaras

E Antas ... Marcam o chão no trote da andança.

Agora acabou! Os sons das pisadas acabaram.

Em meio ao Cerrado do Centro,

Sojas e alimentos trazem o sustento...

Mas para mim é um grande tormento...

Sojas e capim é o fim...

Traz o esquecimento assim.

No Cerrado da lembrança

trago esperança...

Das virtudes sem fim...

Italo Gouveia
Enviado por Italo Gouveia em 03/07/2011
Reeditado em 14/08/2011
Código do texto: T3072744
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