O QUE SAI DE MIM

O que sai de mim

Talvez não lhe agrade

Talvez não seja o que quer ouvir

O que sai de mim é puro sem dor

A certeza que tenho é só minha

O que posso controlar, o faço

Prefiro calar, mas não mudo

Sou dono do meu silêncio

Calo diante do esmo da mesmice

Assim não me torno escravo

Assim não me amarro

Nas minhas próprias palavras

O meu tempo é a moeda da vida

Só permitido ao meu eu

Não admito, jamais

Que ninguém o gaste por mim

Sou dono dos meus erros

Da minha vida e do meu tempo

Da minha estrada do meu silêncio

Sou dono de mim

Torno a repetir

Não vou dizer o que quer ouvir

Sou puro como a inocência do nudismo

Forte com a gana do faminto

E consciente do esmo da felicidade

O que sai de mim

Talvez não lhe agrade

Porque é puro

E você cospe veneno