Multidão.
Agora sou ninguém em muitas faces
Disfarce de silêncio em seco canto
O tanto que do todo se reparte,
É a parte que faz crer em tal espanto.
Adianto que esta paz precisa é nula
Regula feito escárnio com lirismo
Abismo de volutas linhas turvas
A curva da espiral que molda o mito.
Um grito toma o céu indiferente
Latente vê brotar à dor que mata
Que salta pela falta que ressente
Carente deste gozo que maltrata
Retrata de revés, mesmo que ausente
A mente quer viver a dor exata.