imagens destorcidas



Figura nua
Sob a lua
A vagar na rua
Buscando sua identidade
Parando pra fazer um lanche
Comendo carne crua
Acendendo um cigarro
Dando vários tragos
Chutando lata
Matando baratas
Driblando a vida
Querendo fechar feridas
Tentando apagar suas dividas
Atravessando uma viela fedida
Piscando o olho
Provocando o desejo
Induzindo ao sexo
Fugindo da transa
Por pintar medo, receio, sei lá
Nessa rotina que nunca acaba
Continua a caminhada
Sempre na calçada
Encara de repente
Um vulto inculto
Que o faz correr em disparada
Pela úmida madrugada
Na mente há apenas o branco
O vazio, e mais nada...
Chegando numa praça qualquer
Morto de cansado quase sedado
Deita-se sem demora num banco
O corpo suado;
As mãos geladas;
A mente confusa;
A face serena;
A boca pequena;
O sono... o ronco;
Seguidamente...
O despertar de um sonho.


 
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 02/07/2011
Reeditado em 09/02/2019
Código do texto: T3071736
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