O Canto do Pássaro

Deitada nessa grama, observo o céu azul e o infinito.

A grama está gelada e sinto cócegas quando encosto meu rosto nela.

Pego com a mão um pouco de terra molhada, sinto sua textura entre os dedos e descarrego toda minha energia nela.

Ao levantar, bato as mãos em minhas costas para tirar a grama, porém tirei a grama, mas sujei de terra.

Caminhei um pouco entre as árvores e pensei muito sobre a minha vida. Qual seria o sentido de viver?

Vivemos em dias ruins, que só trazem consigo a violência e a discórdia, qual é a vantagem?

Então nesse momento, escorreguei numa poça de água e caí deitada no chão sentindo a terra úmida tocando todo o meu corpo e molhando-me inteira. Ri descontroladamente até não ter mais forças!

Sem pensar, olhei para cima e avistei um lindo pássaro amarelo, e ele começou a cantar para mim. A melodia era familiar, foi aí que levantei e segui novamente meu caminho.

O que concluí foi o seguinte: Não interessa se os dias são maus e violentos, o que importa é que temos a opção de escolher entre enxergar aquilo que é ruim e o que é bom. O mundo nunca vai ser bom e justo, mas sempre terão pessoas boas e justas que não fazem parte do mundo. Nossa melhor opção é não fazer parte do mundo e viver na contramão de todo esse sistema.

Não existe nada melhor do que rir sem motivo e curtir os momentos bons. Mas então, o que fazer nos momentos ruins?

É fácil. Sempre olhe para cima e veja que existe alguém dizendo para você: “Levante-se e não desista! Isso logo vai acabar.” Então, você seguirá seu caminho novamente, ainda mais forte do que um dia já foi.

Isabela Marques Espósito
Enviado por Isabela Marques Espósito em 02/07/2011
Reeditado em 12/12/2011
Código do texto: T3071726
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