NÓ DE UMA PONTA SÓ

Foi quando eu descobri..

Que a gente é um nó..

Filho de um laço simples..

Dado numa ponta só..

Que eu quis levar na sorte..

Saber pra onde ir..

Daí..

Quem vai apontar o meu norte?..

Quem vai querer me despir?

Em frases de um lampejo..

Foi que eu resolvi me aventurar...

Deixar então, o coração mostrar..

Que o bom mesmo..

É amar os velhos defeitos...

É meu Deus..

Eu a quero assim, de qualquer jeito..

De meia no pé ou louca na chuva..

Eu só quero mesmo que ela caiba aqui dentro do meu peito..

Quando eu caminho...quando eu invado a sua rua..

Por isso, vou esperar..

Uma outra vez

Em que ela se encontrar...

Deitado no meu sofá..

Eu faço essa hora..

Pois eu já sei..

Que do outro lado da porta...

A sobriedade mandou me chamar...

Então vai.. me diz..o que é a distância?

E o futuro?...E aqueles mesmos números?

Quando eu falo.. da imensidão do universo em nós.