Enterro

Se na dor é que me inspiro

Se na solidão é que escrevo

Me tornarei poeta sem fim

De versos sem fim,

Nos sentimentos que por vezes nascem, crescem e morrem em mim.

Viverei aos poucos

Por vielas, sobre velas e o cheiro fúnebre da cera.

Morrerei rapidamente

Dentro do ventre que me abriga e dilacera com as unhas,

Sem culpa.

Eu me culpo.

Sempre soube.

Era o erro do medo de ter medo de errar.

Naiara ls
Enviado por Naiara ls em 02/07/2011
Reeditado em 02/07/2011
Código do texto: T3071422