Enterro
Se na dor é que me inspiro
Se na solidão é que escrevo
Me tornarei poeta sem fim
De versos sem fim,
Nos sentimentos que por vezes nascem, crescem e morrem em mim.
Viverei aos poucos
Por vielas, sobre velas e o cheiro fúnebre da cera.
Morrerei rapidamente
Dentro do ventre que me abriga e dilacera com as unhas,
Sem culpa.
Eu me culpo.
Sempre soube.
Era o erro do medo de ter medo de errar.