Poema briguento

Meu poema é tão teimoso

que reclama de um tudo

não aceita o obscuro

e rejeita a omissão.

Quando em vez é rejeitado.

Meu poema é trampicola

e difere do bonzinho

muitas vezes passarinho

insistindo em voar.

Vez em quando parte a asa.

E depois como se fosse

tudo simples e normal

o poema dorme em rede

tateando na parede

quer um encontro casual.

Quase sempre chora sozinho, esquecido num canto.

Marçal Filho

Itabira MG

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 02/07/2011
Reeditado em 30/07/2015
Código do texto: T3071279
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