Palavras esparsas
Não há mais o que falar.
Existe aquela imensa porção de palavras que me percorrem,
Mas não me dizem muita coisa, não me explicam o tanto
Que quero expressar nestes versos
No entanto, insistem em me transmitir
Algo que nunca possui em nenhum outro momento.
Mostram-me aquela aura – e que aura!
E tentam livrar-me deste mal que me segue
E me corrói até a última força.
Há um intenso poder nessa vontade por esta vida,
Que não me transmite algo explícito
Que não me ajuda a demonstrar o quão é hediondo
Este ato que me consome
E, por isto, o néctar d’alma não encontra
Nenhum canto para depositar-se
Em algum cândido e possível lugar,
Mas ainda está a procura desta aura desconhecida.