(((((:::::CÓLERA DO MAR:::::)))))

Tão mar todavia sempre solitário

distante de tudo - sempre - de si mesmo!

Mil feridas abertas a cada instante

pulsa-te o coração e não o sente...

Quem tu sempre há de amar?

Nem me sentes, ao escutar os gritos doloridos,

lhe beijo até, e, às vezes, teus gemidos

ninguém conhece os teus fundos abismos;

Na cólera do Mar, pesa a sua Indiferença

Deserto de aguas sem fim.

Quando me guardas a mim?...

Eu afastei-me mais triste,

Ao longe o Sol na agonia

De roxo (a solidão) as aguas tingia.

Deixei gemer - meus segredos (amor) - ao vento

deixei minhas pegadas - um adeus - meu juramento

amar-te-ei a cada dia, muito além do próprio tempo,

a ti minha saudade, tal amor por sentimento.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 02/07/2011
Código do texto: T3070254
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