Gravata de seda
A tormenta se agiganta
e caminha de mãos dadas
com o caos.
Vez enquanto encontram no caminho:
-estiletes, paus e pedras-
Nas calçadas vi sujeira,
entre o lixo vi os corpos,
entre os corpos vi as manchas
-Sangue Vermelho Rubro-
De braços cruzados estava,
de braços cruzados fiquei...
Olhei para o alto e na janela,
um sorriso escarninho percebi.
O vento balançava a gravata de seda,
o terno azul marinho se agitou,
inerte a figura me olhava,
e se nada me falou, nada perguntei.
É preciso mais amor
pra elucidar as mentes,
é preciso menos dor
e mais pessoas decentes!