Altar(Poema 45)
O livro aberto de horas aberto sobre a mesa
Entoa páginas sábias e ricas em sentidos
Sublimes e poéticos da fé sempre praticada.
A página é perfume em lugar simples, terreno,
Real... Perfume a lançar sacralidades e
Vivências do espírito no Absoluto!
As velas acesas tem um
Fogo claro e forte, a chama
Brilha em um amarelo canário
Vigoroso e terno, odor de
Rosas subindo delicadamente
E atravessando o candelabro
e o fogo.
Asa de arcanjo azulado
Trazendo na mão incensário
Preclaro de bençãos altissonantes.
A graça angelical em visões
E audições de celeste colóquio
Entre o fiel e a divindade!
O tecido da mesa
Em lactescência pura e
Sagrada tinge-se de
Vermelho venal ao
Relembrar todas as dores,
Martírio e consumação pascal!
Litanias contemplativas a
Buscar o Inefável e os
Mistérios daquele que
Alimenta, renova e duplica
A Vida em sua plenitude!
Obs: Sou péssimo em métrica.