absurdos*
é dor branca e se há sofrer
trago-te na linha do infinito
do absurdo inequívoco
na densa bruma dos olhares rasgados
das sombras doridas
de um absurdo passado
viro-me do avesso nos teus líquidos
guardados em fogo puro
como brasas em litígios
as mãos distendidas denunciam
há mais que o percebido
há mais que o esquecido
nas palavras que se dão
nas lágrimas que padeço
no molhado do teu sorriso...
karinna*