Poema 2
Há tanto pra se falar...
e eu aqui, repetindo seu nome.
Há tanto pra se fazer...
e eu aqui, perdendo tempo pensando em você.
Um mundo lá fora, esperando por mim...
e eu aqui, sozinha, esperando que você chegue.
Tanta gente por perto...
e eu sozinha, querendo só você.
Tantos amigos, tantos caminhos...
e eu reclamando como criança mimada,
chorando e vão, gritando com as paredes,
me debatendo e me sufocando.
Me sentindo vazia,
dando chance pra tristeza,
me agarrando a uma desilusão...
E de repente me dou conta
de que tudo não passa de uma emoção,
de uma febre passageira,
uma simples pedra que eu poderia ter contornado.
Me dou conta de que não precisava cair,
de que já estaria bem mais longe, feliz...
se não fosse minha estupidez,
que não me deixou ver as saídas.
Sim! Muitas saídas...
e eu escolhi justamente a da desilusão.
E agora é como acordar de um estado de coma
e ver o mundo de novo,
e ver ainda várias saídas...
caminhos por todos os lados...
e o da desilusão (do qual estou saindo)
tentando conquistar minha escolha de novo.
Só que desta vez eu estou consciente
e não vou deixar que os caminhos se percam.
Acho que já é tempo de começar,
não recomeçar... mas sim, começar
uma busca ardente pela minha verdade;
ir ao encontro da minha felicidade...
destruir tudo o que me faz sofrer,
me tornar forte,
enfrentar meu problema de frente;
cara a cara comigo mesma
pra decidir como vai ser.
Separar o que é meu e o que é passado...
e o que é passado não importa mais,
passou...
Só espero... bem, não espero mais nada...
estou indo em frente.
O que há pra se falar, que fale...
O que há pra se fazer, que faça...
Que os gritos, agora, sejam de vitoria!
O que há pra esperar... que espere.
Porque eu estou indo em frente... e é pra nunca mais parar.