Em minhas mãos uma faca
Que escreve meu sangue
Meu prazer, minha sanha 

Em minhas mãos 
como pena...
Que pena medonha 
esse traço... 

Esse rasgo 
que fenda as tristezas 
tamanhas... 

Um revés, que desenha 
A poesia, 
A música 
A covardia 
Que a minha boca contida 
Sem gritos
Sem suspiros 
Suplica por silêncio 

E na ponta dessa faca 
Tão fria e cortante 
Me faço, me falto
Me Fantasio.



Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 29/06/2011
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