Em minhas mãos uma faca
Que escreve meu sangue
Meu prazer, minha sanha
Em minhas mãos
como pena...
Que pena medonha
esse traço...
Esse rasgo
que fenda as tristezas
tamanhas...
Um revés, que desenha
A poesia,
A música
A covardia
Que a minha boca contida
Sem gritos
Sem suspiros
Suplica por silêncio
E na ponta dessa faca
Tão fria e cortante
Me faço, me falto
Me Fantasio.