PEREGRINO

Sozinho com meu puro pensamento,

cantando sob a lua agraciada,

poeta, irmão do rio, irmão do vento,

irmão da ponte sempre atravessada.

Amante sideral da madrugada,

viajante sem rota e sem documento,

vou colhendo a flor do efêmero em cada

eternidade momento a momento.

Espalho poesia pelo caminho,

deixo os frutos a quem quiser pegar.

De vez em quando retorno ao meu ninho,

mas minha vocação é viajar,

ser o mesmo vento que move o moinho

e o que insufla as ondas do eterno mar.

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 29/06/2011
Código do texto: T3064550
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