BRINDE À POESIA

Varal, não!

Um texto não é e não foi roupa suja

lavada.

Não é roupa alvejada

que se sujará.

Um texto é o sublime

gravado e grafado

no papel.

Condensação da idéia.

Um texto escrito é a oração da divindade

a nós mortais

(a fala é nossa oração ao divino).

Um texto não é roupa suja.

É o desvestir do ser.

Não me fale de varal de texto.

Fale-me de SARAU.

Sarau.

Um encontro nosso com o Poema.

Uma contradança com a Poesia.

Sarau,

uma festa.

Sarau, sim!

Varal, NÃO!

Um brinde à dignidade do texto.

L.L. Bcena, 21/02/2011.

POEMA 271 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 29/06/2011
Código do texto: T3064359
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