BRINDE À POESIA
Varal, não!
Um texto não é e não foi roupa suja
lavada.
Não é roupa alvejada
que se sujará.
Um texto é o sublime
gravado e grafado
no papel.
Condensação da idéia.
Um texto escrito é a oração da divindade
a nós mortais
(a fala é nossa oração ao divino).
Um texto não é roupa suja.
É o desvestir do ser.
Não me fale de varal de texto.
Fale-me de SARAU.
Sarau.
Um encontro nosso com o Poema.
Uma contradança com a Poesia.
Sarau,
uma festa.
Sarau, sim!
Varal, NÃO!
Um brinde à dignidade do texto.
L.L. Bcena, 21/02/2011.
POEMA 271 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.